sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Obstrução das Trompas de Falópio

Infecções

Infecções e irritações afectam os órgãos do sistema reprodutor feminino que, por vezes, se alastram aos órgãos adjacentes. A obstrução das trompas deve-se geralmente a uma infecção genital, por vezes essa infecção causa uma inflamação aguda seguida de dilatação das trompas que obriga à sua remoção cirúrgica.


Quanto mais grave a infecção nas trompas de Falópio, maior é o risco de infertilidade de causa tubária, a mulher apresenta maior risco de gestação ectópica(gravidez fora de útero). Alguns estudos observaram que a gravidade e as sequelas correlacionam-se com o tempo sem tratamento, os pacientes que procuram tratamento três dias após sentirem os sintomas, o risco de infertilidade é três vezes maior em relação aos que iniciam o tratamento imediatamente.


Tratamento:


A histerossalpíngografia (HSG) é o exame mais simples para investigar doenças uterina e tubária. HSG é realizada no início do ciclo, após o término da menstruação. Algumas doenças do útero podem ser identificadas pela HSG: lesões anatómicas do colo uterino, pólipos, malformações da cavidade e alterações da superfície endometrial. A HSG é utilizada, para localizar obstruções tubáricas e medir o diâmetro tubárico. A maior parte das infecções referidas evitam-se utilizando preservativos ou efectuando-se uma laqueação das trompas.


Malformações anatómicas

Por vezes, devido a estas malformações das trompas de falópio, ocorre uma gravidez ectópica, isto é, é uma complicação na gravidez que surge quando o ovo fecundado se implanta num tecido fora do útero.


Normalmente uma gravidez ectópica surge numa das trompas de Falópio sendo conhecida como gravidez tubária. Algumas vezes pode surgir no abdómen, ovário ou no colo do útero(cérvix). Uma gravidez ectópica não pode sobreviver, e o tecido em crescimento pode ser responsável pela destruição de certas estruturas próximas, assim como contribuir para elevadas perdas de sangue e colocarem em risco a vida da mulher.


Endometriose

O papel das trompas de Falópio não se resume a um transporte de gâmetas. Estas vias genitais têm uma função importante no que diz respeito aos primeiros dias do desenvolvimento do embrião, visto que é a partir delas que o embrião se nutre.


Porém a localização anormal de certos fragmentos do endométrio, nas trompas de Falópio, pode obstruir a passagem dos gâmetas e da nutrição. É por esta razão que à endometriose está associado o risco de infertilidade, visto que constitui uma alteração anatómica nas trompas de Falópio.


Desentupimento de uma trompa de Falópio


 Fontes:

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Malformações anatómicas

Existem mulheres que nascem com malformações anatómicas congénitas dos órgãos genitais. Estas malformações são muito raras e variadas, indo desde a ausência total do órgão até variados graus de dismorfia da vagina, útero, trompas e/ou ovários. Em casos também muito raros, pode ocorrer mau desenvolvimento anatómico com ambiguidade sexual (intersexo).
  Nas mulheres a vagina tem como principais funções: receber e o esperma ejaculado durante uma relação sexual, permitir o escoamento do sangue na menstruação e, durante o parto, alargar para possibilitar o nascimento de um bebé. No entanto, esta parte do sistema reprodutor feminino que liga o colo do útero à vulva pode ser alvo de algumas anomalias congénitas, entres as quais a atresia vaginal, que corresponde a uma ausência total ou parcial da vagina, originada por uma alteração genética; a vagina septada, ou seja, encontrar na mulher a presença de uma membrana que divide longitudinalmente o canal vaginal em dois, normalmente de forma parcial e ainda, possivelmente o caso mais grave, a vagina dupla, na qual se evidenciam-se duas vaginas. Este defeito é normalmente acompanhado pela malformação uterina (útero septado, útero bicorno, útero didelfo, útero unicorno...)
  A ausência da vagina costuma ser detetada pouco depois do nascimento, no entanto, existem algumas malformações menos evidentes que apenas são detetadas na idade adulta, pois dificultam as relações sexuais, ou originam dor durante as mesmas. 
  A cura para estas malformações normalmente está associada a uma intervenção cirúrgica.

Malformações úterinas


Malformações vaginais e uterinas 

Fontes:

Gravidez Ectópica

Quando a implantação e a gravidez ocorrem na trompa de Falópio, o feto divide-se e aumenta de tamanho provocando um alargamento da trompa e um possível rompimento da mesma o que poderá causar a morte da mulher, o tratamento para ser eficaz tem de ser diagnosticado pelo ginecologista o mais rápido possível e obriga a uma interrupção voluntária da gravidez e excisão da trompa afectada. Se a gravidez ectópica for recorrente (2 consecutivas) o casal deve recorrer a RMA (Reprodução Medicamente Assistida), utilizando a técnica da fecundação in vitro (FIV) para evitar novos casos.
  Essa gestação é geralmente causada por fatores que impedem ou retardam o movimento do óvulo fertilizado da trompa de Falópio para o útero. Isso pode ser devido a um bloqueio físico (cicatriz) na trompa decorrente de fatores hormonais ou outros, como fumar.
  A maioria dos casos de bloqueio é causada por:
·         Gravidez ectópica anterior
·         Infecção anterior nas trompas de Falópio
·         Cirurgia nas trompas de Falópio
  Até 50% das mulheres que tiveram uma gravidez ectópica tiveram sintomas como um inchaço (inflamação) nas trompas de Falópio (salpingite) ou doença inflamatória pélvica (DIP) e dores muito fortes.



Fontes:

sábado, 12 de outubro de 2013

Repetidos Abortos

A definição de aborto é a perda fetal antes de 20 semanas de gestação ou a perda de um feto com peso inferior a 500g.  Mesmo sendo um fato bastante comum nas gestações iniciais, deve merecer um tratamento médico específico e, muitas vezes, um acompanhamento psicológico.
  Aborto de repetição é definido na teoria como a ocorrência de três abortos consecutivos.
  Fala-se de infertilidade quando o casal consegue a gravidez, mas não a pode levar a termo, porque em algum momento pode-se perder o feto. Esterilidade, pelo contrário, é a impossibilidade de conseguir a gravidez. 
  Existem variadas causas que podem provocar um aborto, mulheres sem historial clínico de aborto e mesmo aquelas que já tiveram filhos mas perderam um bebé sem causa justificada, podem ter problemas específicos que devem ser investigados. 
São eles:
 Anomalias cromossómicas e genéticas
 Doenças infecciosas
-  Problemas hormonais
-  Anomalias da estrutura do útero (miomas, malformações, aderências e outras)
-  Imunológicos
-  Factores ambientais
  Todas as causas possíveis devem ser exaustivamente pesquisadas e hábitos de vida como fumar, beber bebidas alcoólicas, consumir drogas recreativas, exercícios físicos exagerados e outros hábitos inadequados podem interferir no desenvolvimento da gestação.


  Outras causas de aborto como o organismo materno identificar o bebê como um corpo estranho, devido à carga genética do pai, forma anticorpos contra o feto, sendo este problema diagnosticado através de um exame chamado Cross Match, e podendo ser solucionado com vacinas feitas do sangue do pai.
  Uma outra causa, as trombofilias, alterações da coagulação do sangue hereditárias ou adquiridas, aumentam o risco de trombose (formação de coágulo sanguíneo) que prejudicam a circulação placentária. Além de causar abortos de repetição podem causar infertilidade e outros problemas durante a gestação, como descolamento prematuro da placenta. O tratamento deste problema é feito com anticoagulantes, fármacos usados para prevenir a formação de trombos sanguíneos, coagulação de sangue no interior do vaso sanguíneo, tendo estes de ser recomendados por um médico especialista de maneira a não afectar o feto.