sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Secreções anormais

Os órgãos do sistema reprodutor feminino produzem diversas secreções ao longo de todo o aparelho, se a constituição destas secreções não é adequada, podem causar problemas na fecundação e na implantação do óvulo. As secreções vaginais agressivas, as secreções de muco anormal pelo colo do útero e a produção de auto-anticorpos, fazem parte deste tipo de secreções.

Secreções vaginais agressivas

A vagina tem várias glândulas que, conjuntamente com o colo do útero, produzem secreções vaginais que, entre outros, permitem a lubrificação da vagina. Esta lubrificação é essencial para a relação sexual e para impedir que seja alvo de lesões ou infecções. Estas secreções têm um pH ácido e microorganismos que impedem a proliferação de outros indesejáveis.

Por vezes, devido a factores internos ou externos, as características das secreções vaginais são alteradas. Isto pode ser derivado de infecções gerais, diabetes, ingestão de antibióticos ou mesmo uma gravidez. Nestes casos, o pH das secreções pode sofrer uma alteração brusca ou até mesmo destruir os microorganismo nelas existentes. Nesta última hipótese, as bactérias destruídas seriam substituídas por outras mais agressivas.

Por outro lado, os espermatozóides têm um pH alcalino que contrabalança o ácido da vagina. Desta forma, a passagem dos espermatozóides pela vagina pode ser comprometida quer pelo pH das secreções quer pelas bactérias agressivas.

Muco cervical desfavorável aos espermatozóides

Ao aproximar-se do dia da ovulação a secreção cervical torna-se mais viscosa, elástica e abundante para facilitar a transição dos espermatozóides da vagina para o útero e para as trompas de Falópio para permitir a fecundação do oócito II. No entanto existem mulheres que o seu muco não é adequado e não preenche as necessidades. Para tomar conhecimento se o muco é competente ou não, a mulher é sujeita a um teste pós-coito realizado pelo seu ginecologista. O principal objectivo do teste pós-coito ou de Sims-Huhner é identificar a presença de espermatozóides vivos no muco cervical. O exame pode ser realizado de duas até 24 horas após o coito sendo o procedimento padrão realizado seis a oito horas.

Um outro objectivo do muco cervical, uma vez que humedece, lubrifica e protege as paredes, como a cavidade uterina e o colo do útero.

Este muco cervical é também responsável pela limpeza e selecção dos espermatozóides, é por essa razão que é fundamental que este seja competente, caso contrário, os espermatozóides não conseguem penetrar na cavidade uterina. As anomalias registadas na qualidade das secreções, durante os dias férteis, provocam um desequilíbrio hormonal, e consequentemente, um espessamento do muco cervical, o que dificulta ou impossibilita a penetração dos espermatozóides, impedindo, por esta razão, uma possível fecundação.



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